Sabe quando tudo que você mais quer é passar um tempo e ler um livro estilo filme de Sessão da Tarde, então esse serve pra isso. Amo sem muito drama ou complicação só ler e se divertir.
Contadora de dia... Amante à
noite!
"Depois do fim de seu casamento,
Willa Moore-Fisher resolveu se reinventar.
Formada com honrarias, ela sabe
que tem talento. E mal pode acreditar na sorte quando descobre que o poderoso
magnata Rob Hanson está à procura de um contador.
Só há um problema: Willa já
conhece o novo chefe... intimamente.
Rob nunca quis ter um relacionamento
sério, ainda que nada o impeça de se divertir com a estonteante Willa.
Contudo, não demora para que ele
comece a pensar em promover a nova temporária para um cargo mais fixo em sua
vida."
Capítulo Um
— Você não vai me levar para a cama esta noite. Nem amanhã.
Willa Moore-Fisher ensaiou a frase diante do espelho do banheiro do elegante restaurante Saints, em Surry Hills. Estava sendo amável. O seu desprezível parceiro de encontro às escuras não merecia tanta consideração. Como ele era estúpido, poderia pensar que ainda teria uma chance de dormir com ela. Jamais! Ela preferiria arrancar os olhos com uma faca cega.
— Eu poderia explicar por que o considero um cretino, mas, ao tentar entender, a sua cabeça pode explodir! — Ela falou alto, sorrindo ao imaginar aquela cara arrogante se desmanchando. Bum! Poucos problemas não podiam ser resolvidos com uma carga de explosivos, e eles seriam muito úteis no caso de futuros ex-maridos que...
Talvez você devesse voltar até lá e lhe dar mais uma chance, sugeriu a Willa complacente, a Willa capacho. Pode ser que a culpa pelo encontro desastroso seja sua: se você o tivesse feito falar mais, se tivesse feito as perguntas certas, se tivesse se mostrado mais interessada...
A Willa selvagem deu um tapa na testa e calou a Willa capacho. Foi o que você fez durante oito anos, imbecil. Tentou despertar o que havia de melhor em Wayne, tentou mudar para que ele mudasse. E qual foi o resultado?
— Caia na real, idiota — disse para o seu reflexo. — Seja dura, diga a ele que você está perdendo o seu tempo e dê o fora.
É, como se você fosse dizer isso em voz alta, debochou a Willa selvagem. Você é mole demais. Prefere engolir qualquer sapo a deixar que alguém fique zangado com você.
Talvez, algum dia, ela aprendesse a se impor.
A Willa selvagem expressou sua descrença com um rosnado.
Droga, aquelas vozes em sua cabeça a deixavam exausta.
— Esse hábito de falar sozinha é recente, ou você sempre fez isso e eu não notei?
Willa olhou para o espelho, viu a loura e admirou o corte curto de seus cabelos lisos. Fitou seus olhos castanhos maliciosos e se voltou rapidamente.
— Amy? Meu Deus, Amy!
— Olá, Willa.
Amy usava saltos agulha. O vestido realçava suas curvas. O penteado e a maquiagem eram perfeitos. Ao notar o trejeito de seus lábios e a alegria brilhando em seus olhos, Willa voltou a ver a amiga aos 18 anos, uma garota encantadoramente insinuante que, apenas por ser ela mesma, lhe revelara um mundo de aventura, durante um verão, há muitos anos.
— Amy... O que está fazendo aqui?
Willa a abraçou e percebeu que não queria mais soltá-la. Por que deixara que Amy saísse de sua vida? Aquele verão nas ilhas Withsundays, o grupo de amigos — Amy, Brodie, Scott, Chantal, seu irmão mais velho, Luke –, tinha sido tudo para ela, mas, como acontecera com tantas coisas, quando casara com Wayne, afastara-se de todos.
Idiota.
— Estou jantando com a minha colega de apartamento — disse Amy, segurando a mão de Willa. — Mas você... Por que estava falando sozinha?
— Eu estou tentando me livrar de um terrível encontro às escuras. — Willa olhou para a janela do banheiro. — Você acha que sou magra o suficiente para passar por ali?
— Na verdade, você está excessivamente magra... E, espere... O que houve com Wayne? Você não se casou com ele?
Willa mostrou o dedo esquerdo, sem aliança.
— Estamos nos divorciando. Foi um erro. — Hum, um erro era pouco.
— Sinto muito... Droga, Willa, faz tanto tempo...
— Você não vai me levar para a cama esta noite. Nem amanhã.
Willa Moore-Fisher ensaiou a frase diante do espelho do banheiro do elegante restaurante Saints, em Surry Hills. Estava sendo amável. O seu desprezível parceiro de encontro às escuras não merecia tanta consideração. Como ele era estúpido, poderia pensar que ainda teria uma chance de dormir com ela. Jamais! Ela preferiria arrancar os olhos com uma faca cega.
— Eu poderia explicar por que o considero um cretino, mas, ao tentar entender, a sua cabeça pode explodir! — Ela falou alto, sorrindo ao imaginar aquela cara arrogante se desmanchando. Bum! Poucos problemas não podiam ser resolvidos com uma carga de explosivos, e eles seriam muito úteis no caso de futuros ex-maridos que...
Talvez você devesse voltar até lá e lhe dar mais uma chance, sugeriu a Willa complacente, a Willa capacho. Pode ser que a culpa pelo encontro desastroso seja sua: se você o tivesse feito falar mais, se tivesse feito as perguntas certas, se tivesse se mostrado mais interessada...
A Willa selvagem deu um tapa na testa e calou a Willa capacho. Foi o que você fez durante oito anos, imbecil. Tentou despertar o que havia de melhor em Wayne, tentou mudar para que ele mudasse. E qual foi o resultado?
— Caia na real, idiota — disse para o seu reflexo. — Seja dura, diga a ele que você está perdendo o seu tempo e dê o fora.
É, como se você fosse dizer isso em voz alta, debochou a Willa selvagem. Você é mole demais. Prefere engolir qualquer sapo a deixar que alguém fique zangado com você.
Talvez, algum dia, ela aprendesse a se impor.
A Willa selvagem expressou sua descrença com um rosnado.
Droga, aquelas vozes em sua cabeça a deixavam exausta.
— Esse hábito de falar sozinha é recente, ou você sempre fez isso e eu não notei?
Willa olhou para o espelho, viu a loura e admirou o corte curto de seus cabelos lisos. Fitou seus olhos castanhos maliciosos e se voltou rapidamente.
— Amy? Meu Deus, Amy!
— Olá, Willa.
Amy usava saltos agulha. O vestido realçava suas curvas. O penteado e a maquiagem eram perfeitos. Ao notar o trejeito de seus lábios e a alegria brilhando em seus olhos, Willa voltou a ver a amiga aos 18 anos, uma garota encantadoramente insinuante que, apenas por ser ela mesma, lhe revelara um mundo de aventura, durante um verão, há muitos anos.
— Amy... O que está fazendo aqui?
Willa a abraçou e percebeu que não queria mais soltá-la. Por que deixara que Amy saísse de sua vida? Aquele verão nas ilhas Withsundays, o grupo de amigos — Amy, Brodie, Scott, Chantal, seu irmão mais velho, Luke –, tinha sido tudo para ela, mas, como acontecera com tantas coisas, quando casara com Wayne, afastara-se de todos.
Idiota.
— Estou jantando com a minha colega de apartamento — disse Amy, segurando a mão de Willa. — Mas você... Por que estava falando sozinha?
— Eu estou tentando me livrar de um terrível encontro às escuras. — Willa olhou para a janela do banheiro. — Você acha que sou magra o suficiente para passar por ali?
— Na verdade, você está excessivamente magra... E, espere... O que houve com Wayne? Você não se casou com ele?
Willa mostrou o dedo esquerdo, sem aliança.
— Estamos nos divorciando. Foi um erro. — Hum, um erro era pouco.
— Sinto muito... Droga, Willa, faz tanto tempo...
Música para embalar este livro: Love can save it all - Andra